Jovem teve a mão baleada dentro do carro do atleta, em dezembro de 2011.
Atleta aceitou pagar R$ 110 mil: R$ 60 mil para vítima e R$ 50 mil a hospital.
O
jogador Adriano (de preto) sobe as escadas do Fórum da Barra na tarde
desta terça-feira (11), acompanhado dos advogados Ari Bergher e Fátima
Cristina Gomes (Foto: Ale Silva/Futura Press)
O jogador Adriano fez um acordo, na audiência realizada na tarde desta
terça-feira (11), com a jovem Adriene Cyrilo Pinto - que teve a mão
ferida por um tiro disparado dentro do carro do atleta, em dezembro do
ano passado. Pelo acordo, Adriano se comprometeu a pagar R$ 110 mil -
dos quais R$ 50 mil serão destinados a quitar a dívida com o Hospital
Barra D'Or, responsável pelo atendimento médico hospitalar de Adriene.
Os outros R$ 60 mil vão para a vítima como forma de reparação.
A arma pertencia ao outro réu no processo, o PM reformado Júlio Cesar
de Oliveira, segurança de Adriano, que também estava no veículo quando
aconteceu o incidente. Como o acordo abrange o caso todo, Júlio Cesar
também foi beneficiado e o processo criminal foi extinto.
Para viabilizar o acordo, a Rede D'Or aceitou reduzir o valor da dívida
que já estava no total de R$ 110 mil. "Adriano foi orientado pelos
advogados a fazer o acordo, o que seria para ele mais confortável.
Assim, evita o desgaste de um processo", disse o juiz Joaquim Domingos
de Almeida, durante a audiência no IX Juizado Especial Criminal no Fórum
da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, acrescentando que o jogador
manteve sua versão de que não teve culpa no incidente.
"Receber pouco é melhor do que não receber nada. Dentro do que se
apresentou, o hospital se deu por satisfeito", disse o advogado da Rede
D'Or, Fernando Charnaux.
O atleta chegou ao Fórum da Barra por volta das 15h, dirigindo sua BMW
branca. Ele estava acompanhado pelos advogados Ari Bergher e Fatima
Cristina Gomes.
Recusa de acordo
Na primeira audiência do caso, o atleta recusou acordo com a jovem. Após a recusa, ele foi denunciado
pelo Ministério Público estadual (MP-RJ) por lesão corporal leve. O
ex-policial Júlio Cesar de Oliveira, segurança do atleta, que estava no
veículo e seria o dono da arma, também foi denunciado. Se condenados, os
dois podem pegar de dois meses a um ano de prisão.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
(TJ-RJ), a audiência, no dia 6 de novembro, ocorreu sem a presença de
Adriene, que alegou problemas de saúde. Além disso, segundo o TJ-RJ,
"foi oferecida a Júlio Cesar e Adriano a proposta de acordo com a vítima
e a opção de transação penal, que consistia no pagamento de 30 e 150
salários mínimos, respectivamente, porém os dois recusaram".
Fonte portal G1
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