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terça-feira, 27 de maio de 2014

Jornalismo cidadão e jornalismo diplomado, quem sobreviverá?

Por: Robson Elias

Como as empresas de comunicação estão lidando com o conglomerado de informações produzidas por pessoas “comuns”?

Jornalismo cidadão e,m protesto
O jornalismo de código aberto, cidadão, vem evoluindo com o advento das mídias digitais. O espaço antes restrito e controlado pelos grandes conglomerados empresariais, agora é livre e está à disposição de qualquer cidadão com acesso a rede. Tal acesso tem permitido ao povo uma interatividade em cadeia, de modo que instantaneamente qualquer fato tem virado notícia nos meios digitais antes mesmo que os meios de comunicação formalizados tomem conhecimento da informação. Caindo num verdadeiro paradoxo, as empresas de comunicação que deveriam informar, dar a notícia, passam a serem informadas, recebem as notícias e, quando as divulgam, acrescentam apenas o tom de credibilidade, pois todos já sabem e conhecem tais informações.

Naturalmente o meio evolutivo trouxe um novo meio de comunicação, a tecnologia e suas redes comunicativas acabaram com o paradigma estabelecido pelas grandes e pequenas corporações, outra forma de jornalismo se estabeleceu, o boca a boca virou notícia de “Face em Face” e deu propriedade, asas ou vida ao jornalismo cidadão. Não é para se espantar, mas o modelo de código aberto sempre foi usado pelos veículos de comunicação, no entanto, a empresa tinha o total controle acerca do que era divulgado. O surgimento de novas tecnologias com anexos como: redes sociais e microblogs aboliu definitivamente a dependência do cidadão comum dos veículos comunicacionais padrões. Dessa forma, perdendo terreno, competindo com comunicadores independentes, gente muitas vezes do povo que não tinha espaço para expressar sua opinião no meio existente, os grandes conglomerados comunicacionais abriram as portas a esse público. Hoje existem empresas com espaços privilegiados disponíveis a comunicação comunitária, não só na internet, mas também na comunicação áudio visual.

Como exemplos das afirmativas amplificadas acima é possível citar a Rede Correio de Comunicação, suas diversas plataformas estão desenhadas de maneira à interagir com o cidadão. Qualquer pessoa tem espaço garantido em qualquer interface da rede, seja através dos métodos mais remotos – telefone, cartas – ou através das novas tecnologias, redes sociais, site oficial ou microblogs. Com foco nesse novo modelo de jornalismo cidadão ou participativo, a Universidade Estadual de Campinas através do projeto original do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), desenvolveu o site Observatório da imprensa – nele é possível, após um rápido cadastro, o envio de notícias, informações ou quaisquer que seja o interesse público – poderá ser amplamente divulgado neste meio comunicativo. Outra vertente perceptível na contemporaneidade é a adesão dos meios midiáticos televisivos ao jornalismo comunitário, constantemente os diversos programas exibidos diariamente em rede nacional têm proporcionado à participação de internautas através de “hashtag”, as opiniões e informações dos telespectadores têm espaço garantido nesses meios de comunicação de massa, os quais também estão disponibilizando seus ambientes virtuais para interação cidadã. Dessa forma, tais mídias usam as informações de pessoas comuns e formalizam as notícias, uma maneira inteligente de competir os milhões de publicações espalhadas nas diversas redes sociais.

A amplificação dos modelos de jornalismo de código aberto tem aumentado na medida em que surgem novas tecnologias. O advento do mundo digital abriu um número infinito de janelas para o desenvolvimento da modalidade e os cidadãos cada vez mais informatizados têm aproveitado esse espaço para interagir com as mídias mais poderosas. Portanto, hoje, mais do que nunca o cidadão sem formação alguma tem espaço garantido nos grandes conglomerados da comunicação; é inegável que a modalidade cidadã tem ganhado espaço e que os profissionais de carreira ao longo dos últimos anos vêm perdendo o título de jornalista, ou melhor, perdendo espaço, credibilidade e respeito diante de tantos “cidadãos jornalistas”, os quais muitas vezes sem a propriedade adequada para composição de uma matéria escrevem sem a devida obediência as normas e regras do jornalismo diplomado.

A conclusão obvia do momento é que o controle do lead está sob o comando do povo, as tecnologias e suas redes sociais ou de comunicação asseguram a manutenção desse controle. A vertente que o jornalismo formal tem seguido, tendenciosamente, tem agregado as postagens ou informações populares ao seu roteiro informativo. Em outras palavras é a seleção do que é útil em detrimento da construção de um jornalismo agradável, de certa forma o povo está sabendo que seu pensamento está sendo disseminado nos diversos conglomerados de mídia.


De Primeira-PB



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